sexta-feira, 28 de abril de 2023

NA LINHA DE FRENTE CONTRA OS PRECONCEITOS E DISCRIMINAÇÕES

 


No dia a dia,  infelizmente ainda é  comum ouvirmos piadas, assistirmos vídeos ou mesmo presenciarmos situações carregadas de preconceitos contra mulheres, negros, deficientes físicos, gays, pessoas trans, indígenas, velhos, pobres,  entre inúmeros outros grupos sociais.  Isso tem que mudar!!!  Pois, o problema é que os preconceitos não só esterilizam as relações, reforçam desigualdades, retiram oportunidades e prejudicam tais pessoas.  Eles criam ansiedade, martírio e  agonia que funcionam como venenos da existência. Enfim,   esta atitude hostil baseada em um julgamento prematuro, sem fundamento e inadequado sobre alguém, simplesmente porque pertence a um grupo desvalorizado socialmente precisa ser combatida.

 Preconceitos não faltam. Existem aqueles que foram criados para desprezar e diminuir outras pessoas em função do seu gênero e sexualidade (machismo), em função de suas características físicas ou fenotípicas (racismo), em função de sua condição econômica (classismo),  de sua idade (etarismo), de sua região de nascimento (bairrismo)etc. Muitas vezes quem manifesta o preconceito são pessoas frustradas e que sentem oprimidas e não têm coragem de direcionar sua raiva contra quem deveriam, deslocando sua hostilidade para aqueles considerados “mais abaixo na escala social”. Ou seja, discriminando, estabelecendo distinções, separações,  hierarquias e causando dor e sofrimento por ignorância ou tentativa de dominação. A discriminação gera e reforça o preconceito enquanto o preconceito  cria uma base para a discriminação.  Um ciclo de estupidez.

O  rock, e mais especificamente o movimento punk historicamente tem se colocado como um importante movimento de luta: a confiança que os punks e  outros ativistas tem no anarquismo provém da certeza na igualdade e nos direitos de todas as pessoas. Essa visão de igualdade está explicitamente clara  na reação visível  dos punks ao sexismo, à homofobia, ao racismo e até ao especismo:  quer dizer, o preconceito baseado no antropocentrismo, na noção de superioridade humana sobre os outros animais. Na realidade, todos os animais são iguais e merecem respeito, dignidade e sobretudo, ter direito à VIDA.

Além do especismo muitas pessoas ainda não se deram conta do capacitismo, isto é, o preconceito e  discriminação de  pessoas com alguma “deficiência”. Assim, são entendidas como exceções e a deficiência é vista como algo a ser superado ou corrigido. As pessoas preconceituosas não compreendem  a diversidade da vida. Por trás das discriminações está uma incapacidade em lidar com a diferença de uma maneira saudável. Pois, na realidade a diferença, não é uma  ameaça a ser destruída, mas uma alternativa a ser preservada. Não faz sentido transformar a diferença em hierarquia, em superiores e inferiores ou em bem e mal, mas vê-la na sua dimensão de riqueza e sabedoria.  Através da diferença e do outro podemos saber melhor quem somos A diferença é generosa: ela é o contraste e a possibilidade de escolha. É alternativa, chance, abertura e projeto no conjunto que a espécie humana possui de opções de existência.  

Salve a diversidade! “Todos serão arrastados pela mesma catástrofe, a não ser que se compreenda que o respeito pelo outro é a condição de sobrevivência de cada um”. (Claude Lévi-Strauss)


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