1) Qual o espaço que o
rock ocupou e ocupa na vida de vocês?
ZANDRÉ - Rock é
música e, como tal, é a trilha sonora de nossas trajetórias. Sem música a vida
perde seu verniz.
2) - Existe futuro
para o planeta no capitalismo ?
ZANDRÉ - O
capitalismo já acabou com o planeta. É questão de tempo. A humanidade está
condenada e não vejo muito futuro. A única forma de salvar o planeta é frear o
capitalismo. Contudo, na atual conjuntura, isso parece uma utopia. Mas nós,
artistas de esquerda, não podemos deixar de viver nossas utopias. O sonho não
envelhece.
3) Como combater a a ascensão da extrema- direita no Brasil
e no mundo?
ZANDRÉ - Com uma
cultura efervescente. Com educação de base. Informações verdadeiras. A extrema
direita só prospera na ignorância. A arte tem um papel fundamental.
4 - Qual a importância de festivais como estes que proponham a união entre punks e bangers (sem tentar
apagar as diferenças existentes)?
ZANDRÉ - A rivalidade
entre punks e bangers é tão retrógrada qto a extrema direita. Ficou nos anos
80. Quem propaga esse tipo de treta não merece voz. Festivais como esse servem
pra mostrar que o mundo pode evoluir. Esperamos um festival rico em ideias,
expressões artísticas, intercâmbio cultural e muito som bacana.
5) Quais os preconceitos e formas de dominação sociais mais
incomodam a banda e o por quê?
ZANDRÉ - Somos Antifascistas. Mas não só o fascismo político.
Racismo, homofobia, aporofobia e o capitalismo são formas de preconceitos em
sua essência. Lutamos contra isso
6) o que esperar da apresentação no Festival?
ZANDRÉ - Os Antifas!
vão apresentar o repertório do álbum 'Proibido atirar nos Músicos",
lançado em 2022. Também vamos apresentar as novas músicas do nosso projeto e
algumas surpresas. A banda hj trabalha com elementos de peso mesclados com
batidas regionalizadas, experimentalismos e improvisos. Tudo em um discurso
Antifascista, com doses de ironia e deboche. Esperamos um show
agitado e contundente.
7) Sinta-se livre para falar sobre outras questões
que sentir vontade.
ZANDRÉ - A música
autoral é revolucionária. Ela bate de frente com o mainstream. A
"cultura" do cover contamina nosso país, pois é a forma mais fácil do
mainstream manter seu status quo. Nós respeitamos os músicos que tocam cover
pra sobreviver, mas pra ser artista é preciso mais. A arte necessita de
criação. Só temos a enaltecer festivais como esse, que celebram a música
autoral. Vida longa!
(Zandré é vocalista e baixista da banda).
Confira mais em:
https://spotify.link/kZNnVrAcYyb
https://instagram.com/ant1fas?igshid=YmMyMTA2M2Y=
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